sábado, 4 de outubro de 2008

E foi dito... que haja a cruz!

O peneirão rolou há pouco mais de um mês; e eu fui selecionado para a TVU. Já treinava com os titulares quando veio a preleção, na última quinta-feira; reunião com a coordenadora da TV e com a fonoaudióloga. Na sexta, eu já estava escalado. Bateu um certo medo, um pequeno desespero, mas era jogo simples: dois toques e bola pra frente. Nem ia precisar sair da minha região no campus. Ia dar um pouquinho de trabalho, claro; afinal, suar a camisa é inerente ao jogo...

O primeiro tempo foi satisfatório: a entrevista fluiu com naturalidade, embora o assistente de câmera tenha a achado um tanto confusa, algo que “o povão não entenderia”. “Deve ser pelo assunto”, retruquei; afinal, engenharia genética não é bem um assunto popular. Não rendeu tanto quanto eu esperava, mas jornalista não tem que induzir o discurso do entrevistado assim como o jogador de futebol não pode ser sempre “fominha”. Pelo menos o “feijão-com-arroz” foi garantido; basta agora saber como encaixar as sonoras na matéria. No intervalo dei um pulo na psicoterapia. Já se iam quase três semanas sem uma sessão e eu ia ficar maluco se não pudesse ir. Tratei de falar das novidades acerca do meu futuro profissional, que começava a se desenhar naquele instante...

O segundo tempo foi muito bom. A bem da verdade, comecei com uma falta desnecessária, ao chegar ligeiramente atrasado para a segunda entrevista. Pior que isso é que, na seqüência, quase tomamos um gol depois de eu perder a bola e meu companheiro não ter feito a cobertura: nenhum dos cinegrafistas queria fazer a gravação, porque, sabe-se lá por que raios, não foram avisados por nenhuma das secretarias da TV. Mas o importante é que conseguimos e fomos adiante. A entrevista foi perfeita, um belo gol na entrada da área; impossível não fosse pelo passe de nossa entrevistada. Ah, se todo entrevistado nos passasse uma bola “redonda” assim: sujeito e predicado em todas as respostas, com uma linha de raciocínio clara, direta e econômica... é bom não se mal-acostumar!

Apito final? Que nada, esse é apenas um jogo preliminar! Agora que a temporada tá começando e pretendo ganhar muitos campeonatos, ainda. O resultado? Um a zero pra gente; mas tem o jogo de volta (e a vantagem do empate em gols é dele, o destino): falta decupar, editar e finalizar as matérias. Sem contar que a produção com imagens e informações de apoio nem começou!

É como eu previra na preleção de quinta: trabalho, trabalho, trabalho... cruz que hei de carregar, daqui para frente! Para exemplificá-lo, esse post até seria maior, se o tempo e o espaço fossem maiores. Fica pra próxima semana contar o peso da cruz – mas, detalhe: até que eu tô gostando!