sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Estouro!

Meu primeiro "estouro" como estagiário: o risco inaugural iminente, a vez em que corri os perigos de ser duramente repreendido - justo quando tenho às vistas a possibilidade concreta de me desfazer da síndrome do voluntariado e finalmente me tornar um bolsista... "que haja a cruz!".

Naturalmente, levei um pouco da culpa pelo que aconteceu sem que tivesse de fato responsabilidade, sendo apenas um estagiário. Bati meu recorde pessoal de insônia para terminar um trabalho e, em troca, só recebi motivos suficientes para esbofetear alguns rostos. Bem que o quis, profundamente; mas...

O pior, o que me irrita mesmo, é que a minha Universidade, a maior IES particular do Estado, se gaba (através de alunos, estudantes e marketeiros) de uma estrutura que não tem ou, pior, não utiliza da melhor maneira. Veja se não é um estrago ter equipamentos caros que não funcionam direito, técnicos que não querem ou não sabem trabalhar, cuja projeção social mais atende aos interesses particulares de seus manda-chuvas do que realmente à sociedade.

Costumo ser visto com certa compaixão débil, por manter utopias próximas à mente. Mas, não raro, temo ser demasiado crítico: já realizei amplas conjecturas que, não obstante falhando em desvendar a maioria dos detalhes, apreende de modo razoável o espírito das coisas que me envolvem, pressionam e incomodam... É um modo de sobreviver, mas que ocasionalmente me custa um pouco do anticeticismo e da coragem.

Enquanto escrevo este post, aliás, ainda corro riscos: a burocracia que nunca me foi exigida no Esporte me pegou de surpresa nessa nova ventura; e não tenho até o momento nenhuma das garantias e ressalvas para a exibição pública do programa, os filmes exibidos, os debatedores... Enfim, rigorosamente, estou coma corda no pescoço de modo até mais arriscado!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Corinthians e as muitas funções do “Se”

Há muito tempo deixei de estudar a gramática rotineiramente, matéria da qual não guardo as mais tenras saudades. Tampouco sou gramático; apenas tento arduamente me tornar jornalista esportivo, quiçá com outros empregos e trabalhos em paralelo. Porém, a situação atual em que vive o time do Parque São Jorge me fez lembrar de algumas das funções do “Se”; desde pronome até conjunção...

[Pronome em Voz Passiva]
Vê-se que sobre o Corinthians só se faz festa: muito se falou, não apenas na imprensa, mas ainda entre jogadores de outros clubes de outros estados, sobre a contratação de Ronaldo Fenômeno, por exemplo. Grande tacada de Marketing, sem dúvida! Aliás, não vi em nenhum outro lugar loas tão contundentes ao marketing alvinegro quanto neste mesmíssimo blog. Pois bem talvez por isso seja necessário que também eu, antes que o time estreie no Campeonato Paulista, ponha o pé no freio e aponte alguns alvos críticos para quem tem o mínimo de preocupações.

[Conjunção de condição futura]
O ataque do Corinthians é absolutamente generoso nos “se” condicionais: Se o Fenômeno emagrecer...; Se ele jogar 10% do que jogou na vida...; Se Acosta se reabilitar...; Se Souza for o mesmo artilheiro de 2006...; Se Dentinho estourar...; Se Jorge Henrique jogar como nunca jogou no Botafogo...; Se Otacílio Neto deslanchar de vez... São muitos “Se” lançados com expectativas variadas ao futuro e nenhuma certeza! Para um clube que se saiu tão bem nas jogadas de marketing em 2008 não ter uma única certeza convincente é, no mínimo, um contra-senso!

[Objeto Direto]
Não retiro com isso qualquer favoritismo do “Todo-Poderoso”, nem o atribuo estritamente ao departamento de marketing: longe de mim! O clube preparou-se muito bem desde o início do ano passado; soube se aproveitar da situação para “revolucionar” a Série B brasileira e reposicionou-se no cenário esportivo nacional e até mundial ao reverter subitamente uma imagem arruinada de clube rebaixado para outra vitoriosa, de candidato a tudo que disputa. Compôs-se de um time forte, com um treinador muito competente, que também se portou de forma exemplar para fortalecer a equipe.

[Índice de Indeterminação do Sujeito]
Falou-se tanto da falta de atacantes no Parque Antártica que o Parque São Jorge até parece um paraíso dos artilheiros. Comissão técnica e dirigentes que fiquem alerta à real condição do time na linha de frente, em potencial até melhor do que as competentes linhas de meio-de-campo e defesa (além, claro, dos goleiros), mas que não é ainda realidade. Confiou-se muito nestas contratações duvidosas. São apostas, meus amigos – por enquanto, nada mais que isso!

[Conjunção de condição pretérita]
Que tanta indefinição não sirva para compor, daqui a alguns meses ou anos, mais uma das funções do Se: aquela infeliz e mal-querida condição do passado, geralmente precedida de uma interjeição e finalizada com um suspiro... “Ah, se o Corinthians tivesse contratado o Fred...”, “Ah, se tivessem repatriado o Bobô”, “Ah, se conseguissem acertar com o Cléber Santana”, “Ah, se o Liedson...”

Voltando de férias não anunciadas

Olá, caros leitores!

Permitam-me pedir-lhes sinceras desculpas por ter saído de férias desde meados de dezembro sem anunciá-lo com antecedência - nem tampouco a volta... juro que isso se deu em condições excepcionais e que não voltará a acontecer!

Sei que se trata de uma atitude nada profissional, mas vamos aos fatos: primeiramente, era a época das festas de fim-de-ano, quando todos relaxam, precisam dedicar tempo à família e ao descanso. Também é bem possível que nem vocês tenham dado falta dos posts, mesmo porquê não se registrou por aqui nenhum protesto.

Em segundo lugar, viajei de última hora na virada de ano, me demorando alguns dias a mais do que o planejado. Isso fez com que perdesse um punhado de textos que já estavam engatados, quase-prontos para serem publicados aqui no blog... O tempo passou e ficaram desatualizados; mas, vá, não foi nenhum pecado mortal: afinal, eu estava no litoral cearense!

Talvez por isso tenha pegue uma doença misteriosa, que compartilhava sintomas entre dengue e hepatite - diagnóstico do qual estou privado até hoje... Isso me atrasou também na volta ao estágio na TVU: e agora, uma semana depois do que pretendia, tendo sido escalado para fazer algumas edições atrasadas do programa 'Cineclube' estou a mil para recuperar o tempo perdido... Doença e trabalho redobrado: terá sido macumba de alguém?

Aliás, eu me sinto mesmo desobrigado é por não ser exatamente um profissional (não sou formado, tampouco sou pago para alimentar o blog) e, mais ainda, por acreditar que nesse exato momento a legião de leitores que me acompanha se resume às visitas esporádicas de uma generosa e bem amada namorada - já que além de seus comentários pessoais nunca vi um único outro escrito por aqui...

[Até por isso, cabe um intermezzo romântico: Titinha, te amo!]

Mas como sou ungido pelo e devoto do "fator zero", precisava respeitar a entidade "leitores" e, humildemente, lhes explicar minha nem tão irresponsável ausência.

Abraços e até o próximo, bem próximo post!