terça-feira, 11 de maio de 2010

De arrepiar o Capello

Saiu no ESPN.com.br:


No dia da convocação, Capello recebe críticas na Inglaterra por lançar jogo



Eu nunca vou conseguir pensar com essa quantidade de zeros da conta do Capello (ainda mais em euro!); é verdade que ele não precisa de mais dinheiro... mas o que haverá de tão aterrorizante neste jogo!? O problema é o fato de ter sido ele mesmo o autor do banco de dados!? Seria melhor (leia-se, mais transparente ou ético) se fosse um "ghostwriter"? E é um problema o cidadão querer ganhar mais dinheiro trabalhando honestamente - e ainda envolvendo e informando o torcedor inglês!?

Eu não estou entendendo mais nada! Enquanto aqui no Brasil nós relaxamos com o "playback intelectual", lá na Inglaterra a imprensa se incomoda com a autenticidade do trabalho... deve ser o fim do mundo chegando em 2012!

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terça-feira, 2 de março de 2010

Seleção dos Preteridos

Júlio César

Maicon

Lúcio

Juan

Michel Bastos

Gilberto Silva

Felipe Melo

Ramires

Kaká

Robinho

Adriano

Esta é a escalação do Brasil para o jogo de logo mais e uma conclusão pode ser feita: a vida é dura, essa de treinador de seleção brasileira! Por mais que seja por um aspecto positivo: enquanto o treinador da Irlanda, adversãrio de logo mais em amistoso internacional, sofra ao garimpar atletas nas divisões menores do futebol europeu, Dunga precisa decidir sua seleção para a Copa da África do Sul entre estrelas. Mas aí, o que acontece: mesmo com um trabalho tão inquestionável quanto seu mau humor, Dunga levará nas costas críticas por preterir este ou aquele jogador.

Eu me incluo no coro dos críticos; e pelo mesmo motivo: Ronaldinho Gaúcho. Creio entender a teimosia de Dunga (suspeito até de um certo engodo para deixar o showman emabalado até a Copa), mas os critérios são bem discutíveis. De toda forma, só um exercício de provocação: a seguir, a minha seleção titular dos preteridos (perceba-se que, mesmo esta seleção não atenderia a todos os bons jogadores que temos, em evidência ou surgindo - Nilmar, Ganso etc.).


Fábio (Cruzeiro)


Kléber (Internacional)


Alex (Chelsea/ING)


Miranda (São Paulo)


Marcelo (Real Madrid/ESP)


Elias (Corinthians)


Hernanes (São Paulo)


Diego (Juventus/ITA)


Ronaldinho Gaúcho (Milan/ITA)


Alexandre Pato (Milan/ITA)


Ronaldo (Corinthians)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Banzo Fajuto

Tirante o caso de grandes jogadores em reta final de carreira (Ronaldo e Roberto Carlos, em especial), um estranho fenômeno vem se abatendo sobre outros nomes de destaque do futebol brasileiro em terras do Velho Mundo. Dois de nossos selecionáveis, ambos alocados na cidade de Manchester, Robinho (ainda no City) e Anderson (ainda no United) vêm provocando certo burburinho na mídia internacional sobre forçarem a saída de seus clubes para supostamente voltar para o futebol brasileiro. Com isso, abalam não só a confiança dos estrangeiros neles mesmos, mas em todos os nossos jogadores.

Não são poucos os casos de brasileiros que surfam na crista da onda formada pelo encontro do entusiasmo gringo com a famosa habilidade tupiniquim no esporte. Quantos “próximos” Pelés, Romários e Ronaldos já exportamos para vermos definhar em pouco tempo? O que foram para o futebol europeu Denílson, Juninho Paulista, Vágner Love, Mineiro, Kléberson, Sávio, Cicinho – e se me permitem esticar, até o magrão Sócrates!?

O sucesso de Adriano (ex-Inter de Milão, hoje no Flamengo) é a inspiração para aqueles que concretizarem os rumores de retorno ao lar. E o torcedor brasileiro, por alguns meses (até quem sabe um ano) poderá sonhar novamente com esquadrões jogando por aqui. Mas lembremos: Tiago Neves veio e logo se foi, Zé Roberto e Ricardo Oliveira também; mesmo o Imperador e Vágner Love correm o risco de abandonar o barco no meio do ano...

Parece que os jogadores brasileiros exilados sofrem de uma saudade meio fajuta; que num primeiro instante é do país; logo depois, da projeção internacional e, para a maioria, do dinheiro. Daí é um passo para se enterrarem num time de segunda categoria na Europa – ou pior ainda: vão para o México, Coréia, Ucrânia, Rússia, Emirados Árabes, Uzbequistão...

O dinheiro ainda impera no futebol; mas isso não é novidade. Triste é perceber que este deturpou até mesmo o banzo – a saudade que os antigos escravos africanos tinham de sua terra nas colônias do Novo Mundo. Fenômeno mais do que explicável, a grande parte desses jogadores, vindos de famílias pobres e com rápida projeção em carreira (e salários), caem de súbito no banzo, pois são escravos do dinheiro...